A mulher e seus desafios: profissão, beleza e ser respeitada

Desde sempre, a mulher pertence a um gênero pouco privilegiado na sociedade. Isso se da, por conta dos inúmeros desafios enfrentados pelas mulheres, que vão desde um salário inferior ao homem, mesmo ocupando o mesmo cargo, ou pelos padrões irreais de beleza impostos pela sociedade.

Duplas jornadas, cobranças diante da maternidade, busca por constante capacitação, são apenas alguns dos vários desafios diários, principalmente quando está é mãe solo, ou, decide não ser mãe, momento de duras críticas.

Neste artigo, vamos aprofundar esses desafios enfrentados pelas mulheres, entendendo como estão na estrutura da sociedade atual, além de compreender a melhor maneira de lidar com cada um deles.

Desafio da mulher no mercado de trabalho

As mulheres ingressaram no mercado de trabalho no período da II Guerra Mundial, momento no qual os homens estiveram ausentes,  sendo necessário, neste tempo, que a figura feminina ocupasse o lugar de provedora do lar.

Dessa forma, entre 1914 a 1945 as mulheres enfrentaram o desafio da dupla jornada, com salários baixos e altas horas de serviço, agora tinham que se desdobrar para cuidar do filho e manter o sustento da família.

No final da guerra muitos homens voltaram mutilados, dessa maneira, muitas mulheres permaneceram como mantenedoras do lar.

Muitas mudanças aconteceram no decorrer dos anos, contudo, as mulheres ainda enfrentam desafios como a desvalorização profissional, disparidade salarial entre os gêneros diante de uma mesma atividade exercida, além de terem uma maior vulnerabilidade ao assédio sexual e moral dentro das empresas.

Estamos diante de passos lentos, algo confirmado pelo relatório do fórum econômico mundial de 2019, no qual foi exigido um aumento na participação das mulheres no mercado de trabalho.

Contudo, muito além do aumento do número de vagas de emprego, existe outro desafio para o qual se faz necessário uma reflexão, como por exemplo, o desafio enfrentado pela mulher-mãe no mercado de trabalho.

O fato é que os ambientes de trabalho são pensados de maneira masculina, não atendendo as demandas das mulheres, pois, muitas mulheres estão fora do mercado de trabalho exatamente por não contarem com um grupo de apoio para cuidarem de seus filhos.

Vale ressaltar ainda que na década de 1950, somente 14% do mercado de trabalho era preenchido por mulheres. E muitas dessas recebiam salários extremamente inferiores aos salários dos homens, algo que se perdura até os dias atuais.

Desafio da mulher com os padrões de beleza

No decorrer dos tempos os padrões de beleza vão mudando e ganhando novas formas e exigências, por exemplo, no século XIV ao XV a mulher com formas roliças era o padrão de beleza ideal, assim como em outros tempos a cor de pele extremamente branca foi também um padrão de beleza.

Podemos observar que em cada época existia uma pressão imposta sobre o sexo feminino, o qual, por sua vez, buscava um perfeito encaixe diante dessas exigências, como uma maneira de não se sentir excluída.

Atualmente, estamos vivenciando novos padrões de beleza impostos pela sociedade, dessa maneira, as clínicas de cirurgia plástica e estética faturam alto.

Ou seja, embora os tempos mudem, os desafios enfrentados pelas mulheres permanecem os mesmo, com sutis mudanças.

Cada mulher possui a sua individualidade, tanto no corpo, como no gosto e em sua personalidade, porém, para a sociedade, o ideal é que a mulher seja de um único jeito.

Embora existam resistências, mesmo assim, a influência das mídias sociais tem resultado em inúmeras comparações, acarretando problemas com depressão e ansiedade, principalmente entre as jovens, pois, estão em fase de aceitação e novas descobertas.

Desafio da mulher para ser respeitada

Grandes são os desafios enfrentados pelas mulheres na luta por respeito.

Apesar de vitórias como o direito ao voto em fevereiro de 1932, assim como a aprovação da lei que permitiu a mulher a trabalhar sem precisar da autorização do marido – estatuto da mulher casada, 1962.

Ou a criação da lei do divórcio, a qual entrou em vigor em 1977 e a lei Maria da Penha de 2006, a qual entrou em vigor após a luta pela condenação por tentativa de assassinato entre Maria da Penha e seu esposo, luta essa que  perdurou por 23 anos, sendo atualmente um dos mais valiosos instrumentos legais para punir e coibir atos de violência doméstica.

Assim como a Lei do feminicídio a qual entrou em vigor em 2015.

Contudo, apesar de todos esses avanços o desafio das mulheres são sem precedentes, visto que ainda existe um machismo estrutural na sociedade, o qual cobra um padrão de mãe, mulher, esposa, profissional perfeita, reprimindo sua existência.

Considerando ainda, que o número de violência contra as mulheres apenas cresce, assim como afirma o estudo realizado pela ONU – Organização Mundial da Saúde, o qual revela que 25% das jovens e adolescentes entre 15 a 24 anos já foram vítimas de violência de gênero.

Revelando dessa maneira um dos desafios enfrentados pelas mulheres na contemporaneidade.

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