A Tok&Stok é uma empresa brasileira de móveis e objetos de decoração, fundada em 1978 pelos sócios Régis e Ghislaine Dubrule em São Paulo.
O nome da empresa é uma junção dos nomes dos fundadores com a palavra “estocagem”, em referência ao modelo de negócio baseado na venda de móveis em estoque.
A história da Tok&Stok começou com a venda de móveis em uma pequena loja na Rua Teodoro Sampaio, em São Paulo, com um conceito inovador para a época: a venda de móveis prontos para entrega, em estoque.
Em 1988, a empresa inaugurou sua primeira loja de auto-serviço, em São Paulo, inspirada no modelo de lojas americanas de móveis. Ao longo das décadas seguintes, a empresa cresceu e se consolidou como uma das principais referências em móveis e decoração no Brasil.
Com um conceito moderno e descolado, a Tok&Stok se destacou pela variedade de produtos, design diferenciado e preços acessíveis, conquistando um público jovem e urbano.
Nos anos 2000, a empresa passou por uma expansão significativa, com a inauguração de diversas lojas em diferentes estados brasileiros e o lançamento de uma linha de produtos próprios, com design exclusivo e inspiração em tendências internacionais de decoração.
Contudo, apesar de uma jornada de sucesso a Tok&Stok passa por um momento bem delicado de sua história. Saiba agora se a Tok&Stok Faliy e quais lojas vão fechar.
Tok&Stok Faliu?
Recentemente, a empresa de móveis Tok&Stok teve sua falência solicitada na Justiça de São Paulo pela consultoria de serviços de tecnologia Domus Aurea, alegando que a varejista deve R$ 3,8 milhões e o pagamento da dívida está atrasado.
Essa situação é apenas um dos problemas enfrentados pela Tok&Stok, que vem fechando lojas e buscando parcerias para tentar se recuperar.
A crise financeira começou a aparecer em fevereiro de 2021, quando um fundo imobiliário da Vinci entrou com uma ação de despejo na Justiça alegando inadimplência dos aluguéis em Extrema (MG).
Com uma dívida estimada em R$ 600 milhões, a empresa teve ainda mais dificuldade para negociar prazos e condições com os credores neste ano, uma vez que os bancos e financeiras fecharam as torneiras de crédito após o anúncio do rombo de R$ 20 bilhões no balanço da Americanas em janeiro.
A Tok&Stok passou a ter um aumento repentino no número de estoques após o pico da demanda no início da pandemia, o que elevou os custos fixos a partir de 2021 e afetou a operação.
A resposta encontrada pelos acionistas da empresa foi contratar a especialista em reestruturação Alvarez & Marsal para tentar reequilibrar as contas.
Diante desse cenário, a varejista iniciou o fechamento de parte das 65 lojas espalhadas pelo país, incluindo unidades em cidades como Recife, Fortaleza, Rio de Janeiro, Curitiba, Campinas e Piracicaba.
A companhia também está estudando fechar lojas em São Caetano do Sul (SP) e nos estados do Rio Grande do Sul e Espírito Santo. Ao todo, devem ser fechadas de 10% a 20% do total de lojas da rede, segundo informações de fonte ouvida pelo jornal Valor.
Além disso, a empresa informou uma reestruturação na alta cúpula, com a saída de executivos contratados e o retorno da fundadora Ghislaine Dubrule, que estava afastada de funções executivas desde 2018.
O casal Regis e Ghislaine Dubrule foi responsável pela criação e expansão da rede, que se destacou pela variedade de produtos, design diferenciado e preços acessíveis, conquistando um público jovem e urbano.
No entanto, a crise financeira e o aumento dos custos fixos têm trazido desafios para a Tok&Stok, que busca soluções para se reerguer.
Fusão
A Tok&Stok e a Mobly, duas varejistas de móveis com geração de caixa pressionada e alavancagem alta, têm a possibilidade de se fundir para tentar se restabelecer com maior escala e portfólio.
De acordo com informações do site de negócios do Valor, Pipeline, a Tok&Stok contratou o banco Bradesco BBI como assessor em tratativas de fusão com a Mobly, que é assessorada pelo Itaú BBA.
A Mobly, que nasceu no comércio eletrônico e partiu para a rede de lojas físicas depois, se listou na bolsa em 2021, mas desde então as ações sofreram uma desvalorização de cerca de 86%.
Durante a pandemia, a Mobly enfrentou problemas de logística para atender a demanda crescente, mas após o auge da crise sanitária, as lojas sentiram uma retração no lucro.
A fusão entre as duas empresas pode trazer benefícios para ambas, permitindo que compartilhem conhecimentos, tecnologias e reduzam custos, além de aumentarem a presença no mercado e oferecerem mais opções de produtos aos clientes.
No entanto, as negociações ainda estão em andamento e é preciso aguardar para saber se a fusão realmente acontecerá.
A Tok&Stok, que se destacou no mercado de móveis pela variedade de produtos, design diferenciado e preços acessíveis, vem enfrentando uma crise financeira e tentando se reerguer através de medidas como o fechamento de lojas e a reestruturação na alta cúpula.
A empresa também busca soluções para reduzir a dívida estimada em R$ 600 milhões e negociar prazos e condições com os credores. A união com a Mobly, que também enfrenta desafios no mercado de móveis, pode ser uma alternativa para as duas empresas saírem da crise e se fortalecerem no setor.
Ainda assim, é necessário avaliar os riscos e as oportunidades envolvidos na fusão, além de garantir que a operação seja realizada de forma transparente e ética, respeitando as leis e normas regulatórias.